Em maio de 1968, o jovem estadunidense Matthew, estudante de intercâmbio, vai para Paris para estudar francês. Completamente apaixonado por cinema, ele rapidamente faz amizade com a jovem francesa Isabelle e seu irmão gêmeo Theo. Os três têm, em comum, uma enorme paixão pelo cinema, sobretudo cinema clássico. A amizade entre eles começa a florescer. Matthew passa a descobrir uma intimidade fora do comum, da qual os irmãos franceses compartilham, em meio a jogos psicológicos sob a temática do cinema clássico. Matthew fica inicialmente confuso e impactado, mas aos poucos começa a ser atraído para o mundo deles. Por todo o tempo eles vivenciam uma paixão mútua e isolam-se totalmente do mundo, distanciando-se completamente do contexto conturbado em que vivia a França em maio de 1968. (wikipédia.org)
Já faz um tempo que eu queria assistir esse filme desde que conheci o
ator francês Louis Garrel (o moreno para aqueles que não sabem) em outro
filme onde ele interpreta um professor de italiano que pega todo mundo
da escola e se apaixona pela nova aluna. O filme começa descendo
a câmera pela torre Eiffel numa manhã/tarde de 1968 e aí conhecemos
Matthew (Michael Pitt), ele é todo certinho e amante por cinema e é por
isso que conhece os irmãos gêmeos mais lindos e estranhos desse mundo:
Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel), enquanto a menina é
sedutora, persuasiva e lírica, se irmão é mais sério,engajado
politicamente e não menos sedutor que ela. Logo de cara o amor pelo
cinema e pelos filmes antigos fazem com que o garoto americano passe a
andar com os gêmeos e a partir daí ele vai conhecendo o encantador,
fantasiado e estranho mundo que Theo e Isabelle construíram envolta
deles.
O filme é um prato cheio para aqueles que entendem melhor cinema, mas mesmo não sendo um cinéfilo convicto ou desconhecendo a grande maioria dos filmes europeus, eu fiquei encantada com os jogos que eles faziam entre eles re-fazendo cenas clássicas de outros filmes e nessa parte eu me identifiquei com eles, com essa vontade de viver as coisas que nós somos fãs.
Como se passa em 1968, ano conhecido como o ano das revoluções, pois os jovens do mundo inteiro estavam contestando os modelos vigentes -é um ano cheio de conflitos e conturbações, tanto no primeiro mundo quanto no terceiro - o filme aborda o aspecto mais sexual e afetiva das contestações, não que o conflito ideológico-politico não apareça no filme, só não é tema central.
Livros, não armas. Cultura, não violência. |
Ah! E trilha sonora também é uma delícia com músicas de Janis Joplin; Jimi Hendrix; The Doors; entre outros. Porém eu só consegui perceber o encanto além da técnica e contexto desse filme depois de pensar e refletir sobre a relação dos gêmeos com o mundo e entre eles mesmos.
Olha, se você tiver vergonha de assistir cenas de beijo perto dos pais, tia, vó ou irmã(o), eu aconselho assistir solitariamente ou com amigos/namorado pois as coisas aqui ficam quentes e estranhas. Tirando isso, curta paris dos anos 60 com 3 jovens se descobrindo e muito cigarro.
Ficha Técnica:
Direção: Bernardo Bertolucci
Roteiro: Gilbert Adair
Gênero: Drama
Duração: 115 min
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Filme excelente! Assisti há muito tempo, e gostaria de revê-lo. Também gosto muito do Louis Garrel, mas o motivo pelo qual acho Os Sonhadores um filme incrível é o fato de abordar essa época de maio de 68 e as revoluções estudantis, além de colocar o cinema em destaque. Gosto muito do cinema europeu, e este com certeza é mais um filme daqueles que a gente quer recomendar para todo mundo. =)
ResponderExcluirBeijão, Livro Lab